Thursday, January 26, 2012

Um prémio nobel diz uma coisa, um ministro diz outra....

Não percebo:



Eu não sou de economia, tive economia no secundário, mas acho que qualquer um percebe o seguinte: Quando não há dinheiro, não há consumo. Diminui a procura. A oferta não vê os seus produtos serem escoados, logo não gera lucro, quanto menos procura há, mais problemas tem que está do lado da oferta. Por isso terá que reduzir custos, muitas vezes na mão de obra...
Gerando ainda menos procura. Criando uma situação insuportável... Crise.

Ora se já estamos em crise, para quê criar condições que levam a diminuir a procura?

Algum senhor da Católica me pode explicar?


Thursday, July 02, 2009

Amuar faz bem

... e não é só à urticária e à malvadez. Amuar é verdade e estar vivo, mais do que qualquer frase feita da senhora Lili. Acho que ando à muito tempo a disfrutar de amuos em casa alheia ;o), uma vez que a menina amuadora desta casa não sou eu e sou só amuadora convidada. A menina que filosoficamente amua devia escrever mais e postar mais. Este é o seu projecto (amuo) kantiano pessoal.
Fico à espera que ela amue em liberdade, porque não amuar quando faz falta, e não avisar a malta é um grande perigo para a nossa resvalada geração X (tão bons que nós somos, né verdade?). É que há coisas que fazem mesmo muita falta.

Tuesday, February 24, 2009

mil raios e trovões

Estou amuada, de beicinho, com dores de garganta, raivosa e até um pouco furibunda. Prontos. Apetecia-me bradar aos céus. Mas não pósso. A minha função é ouvir e aconselhar segundo o meu sentido de justiça e bom senso. Acho que já não serve de muito ter bom senso. As coisas vão e vêem como têem de ir e vir, mas não se alteram. Não é por não ser ouvida, é por ver que tenho razão, e mesmo assim, não conseguir mudar nada.

Tuesday, December 30, 2008

Devido ao meu mau feitio, ou em ignorantês: derivado ao meu mau feitio

Reportagem televisiva na SIC Notícias sobre acidente no IP4. Ouve-se “…piso molhado, derivado à chuva.”. Foi a repórter, em voz off, (narrando), que o disse.
Ora bolas!!!!!!
Ando eu a tentar que os meus putos aprendam a falar como deve de ser e anda este pessoal na Têbê a assassinar o Português. DERIVADO À?????????????????????????
Quem a contratou não percebe que os órgãos de comunicação TÊM RESPONSABILIDADES?
Eu sei que este é o país onde a responsabilidade morreu solteira e há muitos anos. Mas como sou um ser esquisito e fora da norma, não posso deixar de ficar escandalizada.
Se a jovem repórter estivesse em directo, no local do acidente, com as câmaras ligadas directamente ao estúdio, eu desculpava. Desculpava porque, nessas situações, é fácil alguém enganar-se, a pressão e ansiedade pesam. Agora isto foi dito em estúdio. As imagens foram captadas e depois, construindo, montando a reportagem, a senhora repórter diz uma destas. Todos erramos, eu mesma, eu própria dou por mim a dizer “hépátite”. MAS EU NÃO FALO na televisão, nem sou médica. A senhora repórter, como repórter, devia ter um domínio perfeito da Língua Portuguesa.
Bem, isto é a minha opinião. Mas em abono da verdade os “jornalistas” de hoje em dia já não são “Jornalistas”. E de certa forma a culpa também não é toda deles. É de quem geriu o sistema político e social da Nação durante anos, e também de quem aceita que nos meios de comunicação social a mediocridade seja a ordem do dia porque o lucro enterrou o Brio Profissional e Espírito de Missão.
Um grande bem-haja para todos vós, q’eu vou ver a Lucy ou a novela. Derivado à hora tenho que ir! AH AH AH.

Thursday, December 25, 2008

Combater é preciso

Gostava de ser crescida.
Bem, na verdade na verdade, gostava de ser mais nova, mas como o tempo não volta para trás, gostava de poder ter a idade que tenho.
E porque não tenho?
Porque não posso!
Já sou adulta e responsável, responsável no emprego. Não falto, sou pontual, briosa e perfeccionista. Mas esta é quase a única participação que tenho no mundo dos adultos.
Este regime neo-liberal condena-nos a adultos crianças. A instabilidade no emprego, a crise irreal que toca o real, os códigos de trabalho que favorecem o patronato, condenam-nos a viver em casa dos pais. (quando os temos e eles deixam).
Porque não peço um empréstimo? Primeiro: não mo dariam. Segundo: não sei se conseguiria pagá-lo, visto não ter estabilidade financeira.
Arrendar também não é solução, pois nunca sei o que vou ganhar no ano a seguir, por isso não me posso comprometer.
E o relógio Biológico? Sim, o sistema político-económico pode condenar-me a viver com “papai” como se fosse ainda adolescente, mas não consegue fazer parar o meu relógio biológico. (Que ainda não berra mas já mexe).
Neste momento duvido que algum banco me dê crédito, mas mesmo que desse, era solução? Este ano quase que fiquei a receber 260€ de salário… (escapei-me por pouco). (E trabalho ininterruptamente há quase 5 anos).
Quero que fique claro que tenho emprego, dois às vezes três. Não recebo subsídio de desemprego desde 2004, (já recebi. Durante seis meses e consegui sair por meu mérito). Tenho sempre ido à luta, tenho-me sempre candidatado a tudo o que posso. Ah, e tenho continuado a estudar, acompanhando as “tendências do mercado”, dediquei-me às novas tecnologias. Tenho uma licenciatura e duas pós-graduações. Tenho boas notas. Sempre fui aplicada e trabalhadora. Dediquei-me aos estudos, dediquei-me à minha profissão. Mas o que interessa é o lucro, o que interessa é proteger os interesses do poder económico, proteger bancos, mas só se forem bancos dos ricos. O que interessa é gerar riqueza, mas só para alguns.
Meus amigos: o que interessa não é a qualidade de vida de um grupo económico ou de uma elite. O que interessa é a qualidade de vida de todos, de todos.
Amuo porque cada dia que passa percebo que afinal o capitalismo vive mesmo em crises cíclicas. E um sistema que vive em crises cíclicas e que só beneficia alguns não me parece um bom sistema…
E se alguém me mandar trabalhar, só digo o seguinte, viva a minha vida por um dia. Experimente!
As crianças também sabem raciocinar. Nós, adultos infantilizados pelos sistema, temos a obrigação de denunciar este sistema que nos desproteges e retira autonomia, direitos adquiridos pelos nossos país e resposta, (um trabalhador com medo, com dívidas é um trabalhado calado e não-combativo). Devemos reflectir, usar todas as armas. Como por exemplo: votar com consciência! Votai em quem está do lado de quem trabalha. Votar no partido dos patrões quando não se é patrão não faz muito sentido……..
Posso continuar em casa de papai, mas refilo! Não baixo os braços – denuncio… e trabalho.
Eu gosto de viver com papai. Só espero que papai continue a gostar de viver com a sua jovem filha já nos trinta………

Sunday, September 07, 2008

Mas, mas, não estamos na primavera....

Alguém me pode dizer alguma coisa bonita sobre o pólen e o pó?É que os meus olhos e o meu nariz já não aguentam mais………..

Tuesday, May 27, 2008

Metafísica de Ponta

Não podia deixar que este mês acabasse sem responder, moi même, a essas dúvidas essenciais que todos os dias os media (ou aquilo em que eles se tornaram) nos propõem:
*"Onde é que você estava no dia 25 de Abril de 1974?"
Dentro da barriga da minha mãe, com toda a tranquilidade. Devia ter à volta de 4 meses (16 a 20 semanas), o que faz de mim, penso, já um feto, e não um embrião. No entanto, para baralhar os apologistas pro-life and pro-choice, não me lembro do ambiente, das calças à boca de sino ou mesmo da Grândola Vila Morena (in útero, isto é). Ou seja, biopsicofisiologicamente, não posso afirmar se já possuia critérios para ser "viva" ou não, perante os puristas da causa.
*"Onde é que você estava no Maio de 1968?"
Ora esta ainda é pior. Onde está quem ainda não nasceu, quem ainda não foi concebido? Será que está, ou não está? Será que é, ou não é? Ser ou não ser... Estaria noutra encarnação? Também não posso responder. A cosmogonia suplanta-me. Basicamente, até agora, não estive em lado nenhum histórico, ou de interesse.
*"Onde é que você estava em Maio de 1998, quando foi inaugurada a Expo 98?"
Finalmente! Concretamente, acho que chovia quando a Expo abriu, mas também andei por lá, e tinha um autocolante dos golfinhos no carro, e tenho um Passaporte ultra-carimbado, e vi os Pavilhões temáticos todos, e sofri nas bichas, e vi os bebés do anúncio, coitadinhos, dentro de água, e dei um salto negativo, e visitei a Sagres e a D.Fernando e Glória. E andei enamorada por Portugal. Pedrada com a pedalada de Portugal. Podia andar-se pelas ruas de Lisboa limpa e sem buracos até às tantas, e ver polícias e turistas a serem simpáticos. Embriagada com um feel good que não senti mais desde aí.
Parece que foi uma espécie de mergulho no futuro.
Analyze this.